sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma brisa leve


Vou embora sem levar malas, a carreira e o portifólio, sem levar o passado, e as pessoas vivas nele, as pessoas de um presente distante, sem levar as lembranças, vou deixar as roupas e os perfumes, pelo caminho ir deixar os traumas e os vícios, deixar que as portas abertas se fechem sós com uma brisa leve e lá dentro vai ficar todos nos meus eu's que me sufocam e aqui fora respirando ar novo está um eu que me ama e encontrará um eu de outro alguém que me completa e talvez nossos eu's viajem sem fim experimentando culturas, sabores e sentidos.

E então eu vou me acordar amanhã com o despertador, implorando por dormir mais e terei um dia igual a hoje, que como ontem foi igual, vou passar o dia olhando as horas demorarem a passar, talvez eu ligue a televisão e veja as mesmas pessoas repetindo uma filosofia barata de midía. E se tudo der certo vou acordar exatamente igual. E se desse errado?

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